sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crítica: Alice no País das Maravilhas

Para me lembrar de tudo o que senti quando assisti Alice no País das Maravilhas, eu tive que colocar para tocar "Alice - Avril Lavigne", o single do filme. Deixei meu personagem em AION fazendo poções, meu MSN desligado e o copo do Mc Donalds, de 700 ml, cheio de Coca. Pois bem, ferramentas prontas!

Eu odeio ir ver um filme com uma pré opinião na cabeça de alguém que já assistiu e comentou. Falaram "É legalzinho, mas nada extraordinário". Outros, não foram tão generosos. Mas isso não é um problema. É só se livrar de tudo isso antes de entrar no cinema e fica tudo certo. 

Alice no País das Maravilhas é muito mais do que o live-action da história que todo mundo já conhece. A mensagem por trás de cada questão é o que vale a pena ficar mais de 1 hora e meia na poltrona. Não é só seguir o coelho, tomar chá com o Chapeleiro e salvar o reino da rainha de Copas. É muito, muito mais! 

Alice está prestes a se casar com alguém que não gosta e dar um rumo para sua vida que poderá deixá-la infeliz pelo resto de seus dias. No País das Maravilhas, ela se lembra de tudo aquilo que um dia aprendeu e resgata sua personalidade e valores de uma caixinha, guardada em seu íntimo. E nesse momento, você se pergunta se já teve esse momento ou qual decisão vai tomar quando a hora de grandes decisões chegar. 

Como é dito no filme de Chico Xavier, "ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim". Que aliás, independente da sua religião ou idade, é mega recomendado assistir. Assim acontece em Alice, com seu conceito de que "isso não está acontecendo e não sou eu a garota certa". 

Tim Burtom, diretor de filmes como A Noiva Cadáver e a nova versão de A Fantástica Fábrica de Chocolate, dá o seu tom especial, visto em cenas como a travessia do rio ao redor do castelo de Copas, onde Alice precisa  se apoiar nas cabeças cortadas. Os atores estão extraordinários. Johnny Deep (Chapeleiro Maluco), mais uma vez, transformando um papel excêntrico em algo que faz a diferença. Helena Bohan Carter explora o lado cômico da rainha de Copas, o que a transforma em uma criança mimada que quer um pônei. Mia Wasikowska, que dá vida à Alice, também faz bonito, apesar de ser meio inexpressiva em algumas cenas. 


Alguns fatores podem interferir na crítica. Eu não tive opção, já aqui só chegaram cópias dubladas e em 2D. No final das contas, Alice não chega realmente ao patamar extraordinário, mas é muito mais que um filme legalzinho. Merece 4 fadas! =]

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